quinta-feira, 14 de junho de 2012

Vivendo com a Verdade que Experimentamos


Vivemos num sociedade inquieta e inconstante, ávida por transformações e reformas internas e externas. E que ironicamente acontecem.
O mundo tem uma cara nova todos os dias, basta ler um jornal ou revista, ou assistir ao noticiário e lá estará estampado seu rosto metamórfico.
Ainda que a cada dia seja lançado um novo estilo de roupa, uma moda diferente de calçados, um novo cosmético que camufle ou combata imperfeições que se deseja esconder, uma técnica inovadora de ter o cabelo dos sonhos, ou se crie uma nova técnica de cirurgia que amenize ou extingua características físicas indesejáveis, essa sede nunca será saciada. Ao contrário, ela só cresce a cada dia.
Vivemos a “era das ciências”, tais que se multiplicam a cada dia, na mesma medida que se multiplica a vaidade(vazio) humana. A ponto de mesmo o homem tendo conhecimento de que está destruindo a cada dia o mundo que o sustenta e suas propriedades que o mantêm vivo, ainda assim, esse processo se torna mais veloz e agressivo a cada dia.
Pedro e João, nos primórdios da igreja tem sua trajetória narrada em Atos. No início do capítulo 4, quando falavam ao povo, uma comissão de sacerdotes, saduceus e o capitão do templo os surpreendem e os prenderam. Em seguida eles são interrogados acerca do motivo ou mandante de seus atos. Pedro, intrépido e crédulo do quê, porquê e por quem discursava ao povo, respondeu veementemente pleno de seus argumentos. Ao ouvir então as palavras de Pedro, e considerando a situação e o dano que um pequeno ato poderia lhes causar, aqueles homens os ameaçaram ordenando que não mais falassem ou ensinassem em nome de Jesus. Pedro e João, tocados pela experiência que tiveram com Cristo, e mesmo sabendo que isso poderia lhes custar a vida, vorazmente responderam: “Pois nós não podemos deixar de falar das cousas que vimos e ouvimos”(At 4:20). E não acharia excessiva uma exclamação ao final da frase.
O doutor em Pedagogia Jorge Larossa Bondía, professor na Universidade de Barcelona, escreveu um que se pode chamar “tratado sobre a experiência”, e a definiu assim:
“A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece, não o que toca”.
Ele defende a teoria de que muitas coisas acontecem ao nosso redor, mas pouco nos acontece. Segundo ele, Walter Benjamim, filosófo e sociólogo judeu alemão, em um texto celébre, já observara a pobreza de experiência que caracteriza nosso mundo.
As concepções do Dr. Larossa, não poderiam fazer tanto sentido quanto quando assestadas às palavras dos apóstolos Pedro e João citadas acima.
Entre os 5 mil convertidos, podemos crer que muitos já haviam ouvido Jesus falar, ou sabiam algo acerca do que ele fizera ou falara. Talvez a cura do coxo à porta do templo não era o primeiro milagre que alguns haviam testemunhado. Mas apesar de tantos sinais e maravilhas já manifestos, e as palavras dos apóstolos serem pra muitos redundantes, houve algo diferente para cada um naquela multidão naquele dia.
Alguém já dissera, não precisando exatamente suas palavras, que certas verdades após conhecidas, nunca mais podemos viver sem elas. E vou mais longe, se as negarmos, nunca mais poderemos “conviver” com elas. Pedro ilustrou isso, colocando sua cabeça a prêmio, não só assumindo suas palavras como as reafirmando e endossando com exortações sagazes. Para ele não importava morrer pelo que cria, pois havia sido tocado por aquela verdade. Havia vivido de fato uma experiência que transformara sua vida.  
Pedro e João mais do que “ver e ouvir”, viveram aquela experiência, foram tocados por ela. Eles passaram por uma transformação que se traduzia em seu caráter, sua forma de agir e principalmente na forma de amar as pessoas e enxergar o real valor da cada uma e se dar por elas, para que mesmo com sua morte, eles a alcançassem, vivessem a mesma experiência.
A “metamorfose” que eles viveram não os deixaram nem mais magros, nem mais gordos, nem mais fashion ou descolados, mas os tornou capazes de amar seu próximo a ponto de querer repartir com ele a alegria das boas novas de salvação, mesmo que o preço fosse alto. Pois não há quem realmente conheça a Cristo e seja por Ele tocado, que consiga viver só pra si, e que ainda sinta por dentro um vazio consumidor e que incansavelmente busque preenchê-lo com artifícios efêmeros.

Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
 
Caso deseje citar integral ou parcialmente este texto, favor citar a autora e a fonte, exceções conceituam-se plágio.

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