quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Alimentando o Inimigo



A Bíblia conta a história – diga-se de passagem cheia de percalços – de um rei sábio, temente e fiel a Deus: Ezequias.

O reino do Norte havia sido destruído pelos assírios, e ao assumir o reino de Judá, o agora rei Ezequias reuniu representantes de ambos os reinos para unificá-los. Ele removeu os ídolos de seu povo e destruiu-os, inclusive a serpente de bronze de Moisés: Neustã(II Reis 18:4), reabriu as portas do templo e o reparou(II Crônicas 29:3), purificou o templo(II Crônicas 29:15), reestabeleceu o culto a Deus(II Crônicas 29:31), reinstaurou a celebração da Páscoa(II Crônicas 30:1), entre outras coisas.

A situação na qual Ezequias assumiu o trono não era das melhores. Ele herdou de seu pai um reino decadente e ainda cobiçado por outros. Senaqueribe, rei da assíria intentava tomar seu reino e acampou-se contra as cidades fortificadas para apoderar-se delas(II Crônicas 32:3).

Sabendo o rei Ezequias de tal feito de Senaqueribe, não se aquietou e esperou que tal coisa acontecesse, mas em consenso com seus príncipes e valentes deliberaram uma ação defensiva e preventiva: tapar as fontes de água que haviam fora da cidade(II Crônicas 30:3).

Já próximos do alvo visado, Senaqueribe e os seus teriam tempo pra se fortalecer e estudar seus inimigos, conquanto tivessem aparatos necessários para se manterem.

Sabiamente Ezequias e os seus privaram-lhes do elemento mais básico necessário à subsistência de seus inimigos: a água. Não a tendo, eles teriam que evadir-se por escassez do “alimento” essencial à vida.

O próprio Senaqueribe mais tarde, enviou mensageiros a Ezequias, os quais questionaram: “Acaso, não vos incita Ezequias, para morrerdes à fome e à sede...? (II Crônicas 32:11a).

Agindo Ezequias como deveria, não esperando inerte apenas que Deus agisse, e confiando que aquela solução provinha do Senhor, o rei logrou êxito naquela batalha. O Senhor enviou um anjo que destruiu todos os homens de Senaqueribe, e quando esse entrou na casa de seu deus, seus próprios filhos o mataram à espada(II Crônicas 32:21).

Exteriormente talvez consideraríamos a solução utilizada por Ezequias muito simples. Porém na prática talvez nem sempre agimos como ele.

Alimentamos muitas vezes nossos inimigos não só com água, mas também com fartos banquetes e até os atraímos a eles. Como? Deixando de tomar atitudes necessárias por parecerem extremas ou dolorosas para os outros e carregamos o peso de não agir como precisamos. Defendendo aqueles que precisam dessas atitudes radicais para amadurecer e se tornarem autônomos. Colocando as costas na frente daquele que recebe açoites.

Por isso, encontrar quem se queixe de problemas e considere difícil ou até inexistente uma solução para eles não é uma tarefa difícil. Mais corriqueiro ainda é denominar responsáveis por ele. Mas reconhecer-se provedor do próprio inimigo é que é a questão, pois enquanto eu alimento o que me mata, mais depressa eu vou morrendo...

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos abra os olhos, dote-nos de coragem e fortaleça nosso espírito. Amém! 

Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
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